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Luis Guilherme Menezes
Gerência Setorial da Indústria
Por mais que a indústria metalmecânica tenha sido uma das mais atingidas pela crise econômica no Brasil, ações como a criação de departamentos comerciais fortes e a diversificação da área de atuação visando outras regiões do país podem ajudar no restabelecimento das vendas por indústrias gaúchas do setor.
Para o gestor de projetos da indústria da Regional Norte do SEBRAE RS, Gladistom Deliberali, as empresas que mais conseguem se destacar são as que investem em equipes comerciais que focam a prospecção no mercado nacional e estabelecem venda ativa, entendendo o momento como oportunidade. É papel dessa área também realizar um forte controle de custos, inovar propondo a produção de outros materiais e desenvolver soluções próprias.
– O setor metalmecânico é acostumado a ter seus produtos comprados, não em buscar possibilidades de venda, já que o setor é muito forte e durante muito tempo houve muita demanda. Precisamos pensar a indústria menos na lógica de terceirização e propor mais soluções próprias – afirma.
É com essa ideia que o SEBRAE RS desenvolveu o projeto “Metal Norte – Diversificar mercados para o setor metal-mecânico”. O objetivo principal é abrir novas oportunidades para a indústria gaúcha no mercado nacional, oferecendo especialistas que realizam a prospecção de compradores. O empresário sinaliza três áreas nas quais tem interesse e, após pesquisas, são apresentados a parceiros comerciais de outros Estados. São realizadas também rodadas de negócios e participações em feiras para estimular o intercâmbio de informações.
Segundo Deliberari, o setor que tem mostrado maior potencial de integração é o agronegócio, que estimula empresas envolvidas com máquinas, equipamentos, peças de reposição e para frigoríficos. Os estados do Mato Grosso, Paraná e o oeste de Santa Catarina são os que têm atraído mais negócios.
– O agronegócio está passando relativamente bem pela crise e pode ajudar muito a indústria nacional – analisa.
A construção de grandes plantas de produção de celulose na região Centro-Oeste é bastante valorizada também. De acordo com Deliberari, obras dessa magnitude dependem de produtos de metalúrgicas, elaboração e instalação de peças e estruturas, o que muitas vezes pode ser atendido por uma única empresa.
O setor de produção automobilística, em especial de produção de ônibus na região da Serra Gaúcha, mira as oportunidades de venda para países da América Latina. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Reomar Slaviero, os países dessas regiões também estão com problemas econômicos, mas têm a produção de bens de capital (como ônibus, máquinas e caminhões) em um estágio menos desenvolvido que o brasileiro e continuam com demandas. Colômbia, Equador e Chile são vistos como os maiores potenciais compradores.
– Olhar para esses mercados nos faz ver oportunidades interessantes. Com inovação e mobilização do setor, podemos vender mais – torce, Slaviero.
A busca por investimentos é um desafio que também deve ser vencido. As possibilidades de investimentos focam em modernização das plantas das fábricas, desenvolvimento de inovações e compra de máquinas. Das linhas existentes hoje, Slaviero cita as de grande investimentos propostas pelo BNDES e da Caixa Econômica Federal. Já no Rio Grande do Sul, avalia que as do Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Badesul) são boas alternativas.
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