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Fabiano Cislaghi Dallacorte
Coordenador estadual do Metalmecânico e Energia do SEBRAE RS.
A Revolução Industrial foi um dos acontecimentos mais impactantes da história da humanidade. O momento foi marcado pela chegada das máquinas, pela produção em escala e pelo nascimento da classe operária. Uma transição similar está acontecendo novamente no âmbito da produção nas indústrias. Trata-se da convergência entre pessoas e tecnologia.
A tecnologia vem transformando os processos industriais de forma impactante. Com a implantação do conceito de Indústria 4.0, a chamada internet industrial reúne produção inteligentes, maior capacidade operacional e a descentralização na tomada de decisões. Sintonizando os trabalhadores com as máquinas, o novo modelo de indústria prevê a produção de acordo com a demanda, flexibilizando e alternando as tarefas entre as máquinas. Todo esse processo é organizado em tempo real, com dados precisos e com a segurança de tomadas de decisões a qualquer momento da produção, sem afetar a rentabilidade e evitando erros e desperdícios.
O mercado é tão promissor que analistas da área indicam um potencial de US$ 15 trilhões em 15 anos, de acordo com a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII – www.abii.com.br). Segundo a entidade, a nova realidade já está impactando a vida das pessoas, seja pelo crescimento econômico, empregos mais qualificados e elevação dos padrões de vida dos cidadãos.
Criada em 2014, nos Estados Unidos, o Industrial Internet Consortium (IIC) surgiu para acelerar o processo e fomentar a colaboração entre os participantes desta comunidade. A ABII foi criada com o mesmo intuito: inserir o Brasil na revolução em curso, com a missão de promover o crescimento acelerado da Internet Industrial criando iniciativas para integração, controle e conexão segura entre máquinas, sistemas, processos e pessoas.
Essas iniciativas abrem um nicho de mercado pouco explorado pelas pequenas empresas, mas que tem potencial para alavancar o desenvolvimento tecnológico. A operação da internet industrial depende de sensores específicos, de softwares, de padrão de comunicação, de dispositivos inteligentes no chão de fábrica, entre diversos outros itens, e o desenvolvimento de cada uma dessas necessidades em projetos especiais pode ser feita por pequenas empresas e startups, pela sua especificidade e pela sua adequação à necessidade de cada cliente.
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